A sindrome de burnout é uma síndrome psicológica de exaustão mental, emocional e física que surge como uma resposta da exposição a estresse crônico no ambiente de trabalho. Além de ser prejudicial a saúde e vida de uma pessoa, esta condição também impacta na produtividade, engajamento e motivação do indivíduo. O trabalho torna-se não prazeroso, insignificante o indivíduo não se sente realizado profissionalmente.
Em estado de burnout, ocorre uma gradativa inversão das emoções percebidas em relação ao trabalho. O sentimentos positivos como entusiasmo, dedicação, securança e realização se vão e dão lugar a frustração, raiva, ansiedade e depressão.
Causas da Síndrome de Burnout
A síndrome do Burnout está relacionada a estresse profissional decorrente de uma situação de inadequações ou descompasso entre a pessoa e o trabalho que ela executa. Existem 6 situações de inadequações que podem ser consideradas como gatilho para que esta condição ocorra:
- Falta de Controle ou autonomia sobre as atividades que executa
- Sobrecarga de Trabalho
- Recompensa insuficiente ou não correspondente ao esforço exigido
- Senso de comunidade faltante ou clima de trabalho ruim
- Falta de justiça ou desigualdade
- Conflito de valores (pessoais com os da empresa)
De acordo com o Livro “The Truth About Burnout” de Maslach & Leiter (2000), o burnout é mais provável de acontecer quando há um descompasso significativo entre a natureza do trabalho e a caraterísticas da pessoa que ocupa a posição. Por isso, analisar a compatibilidade entre indivíduo e companhia em relação às seis principais fontes de esgotamento antes de aceitar um novo trabalho pode ser uma boa forma de tentar evitar o stress.
Mas como fazer isso? Um counselor profissional pode te ajudar a descobrir o que você mais valoriza – como recompensa, controle, prestígio, segurança – e analisar a possível compatibilidade entre a cultura empresarial e suas características pessoais.

Atenção: estudos indicam que jovens gerentes recém-promovidos são mais vulneráveis ao aumento do estresse e ao risco de esgotamento (Hicks, 2019). A boa notícia é que é possível minimizar este risco, através do desenvolvimento individual.
Referência: Hicks, A., Salmon, P., Phillips, K., Zimmaro, L., Siwik, C., Bayley-Veloso, R., . . . Sephton, S. (2016). THE ROLE OF MINDFULNESS IN STRESS AND DEPRESSION OF UNDERGRADUATE STUDENTS. Psychosomatic Medicine, 78(3), A101-A102.